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Idec pede que STF impeça sanção presidencial de reforma da Lei de Telecomunicações

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Atualizado: 

22/12/2016
 
Em petição protocolada no Supremo Tribunal Federal, Instituto solicita que PLC 76/2016 não siga para sanção presidencial antes de votação em plenário
 
 
 
 
Na noite de ontem (21), o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) protocolou petição no Supremo Tribunal Federal (STF), com o objetivo de impedir a sanção presidencial do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 76/2016 que reforma a Lei Geral de Telecomunicações.
 
“Com o mandado, esperamos que o STF restabeleça o devido processo legislativo e que a população brasileira tenha a possibilidade de acompanhar, por seus representantes, a discussão de um projeto de lei que altera a estrutura das telecomunicações no Brasil e a inclusão digital”, diz o pesquisador e advogado do Idec, Rafael Zanatta. 
 
Na segunda-feira (19), a Secretaria Geral da Mesa do Senado negou recursos de dez senadores que pretendiam levar o PLC 79 para votação em plenário. Na visão do Idec, os argumentos formais usados pelo Senado são descabidos e violam a Constituição. O projeto pode ir à sanção presidencial a qualquer momento.
 
Nota de repúdio
 
Ontem (21), o Instituto e outras 19 organizações sociais também divulgaram nota de repúdio contra a decisão da Mesa Diretora do Senado de rejeitar recursos parlamentares para votação em plenário. O Idec destaca que é crucial ressaltar o direito de discussão do projeto – assegurado na Constituição Federal – para não atender somente a interesses políticos de um grupo específico. 
 
“Objetivamente, o risco mais grave para o consumidor é de ficar sem acesso à internet fixa. Se as teles forem autorizadas a vender livremente o bem que hoje é do cidadão, milhões de lares ficarão desconectados e à mercê de preço e qualidade ditados e manipulados pela iniciativa privada”, alerta Elici Bueno, coordenadora executiva do Idec.