Com queda de juros e ofertas tentadoras, consumidor deve fazer um planejamento antes de fechar qualquer negócio
Publicado em 18/05/2012
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04/05/2012
Atualizado:
04/04/2017
Os juros do financiamento habitacional da Caixa Econômica Federal foram reduzidos para contratos firmados a partir do dia 4 de maio de 2012. Como ocorreu nas recentes ocasiões em que os bancos estatais anunciaram redução na taxa de juros ao consumidor, é possível que instituições privadas sigam a mesma linha, reduzindo suas taxas também no crédito para compra de imóveis.
Taxas reduzidas
As novas taxas não serão válidas para financiamentos já contratados e os clientes não poderão renegociar os valores estabelecidos em contratos assinados anteriormente. Os prazos de financiamento continuam de 120 a 360 meses.
Agora, os consumidores que adquirirem um imóvel avaliado em até R$ 500 mil e financiado pelo SFH (Sistema Financeiro de Habitação) terão taxas reduzidas de 10% para 9% ao ano. Já a redução dos juros de imóveis com valor acima de R$ 500 mil será de 11% para 10% ao ano - podendo chegar a 9% conforme a contratação de produtos e os serviços do banco.
Clientes que tiverem conta corrente, cheque especial ou cartão de crédito do banco terão juros de 8,4% - prática que, para o Idec, pode configurar uma venda casada, se essa exigência for feita para quem ainda não tem qualquer desses produtos.
Aqueles que optarem por transferir o recebimento de salário para a Caixa também terão juros reduzidos para até 7,9% nos financiamentos imobiliários - basta solicitar ao banco atual que efetue a transferência. Vale lembrar que, desde 2009, a conta-salário está protegida por uma legislação que não permite a cobrança de inúmeras tarifas em caso de transferência total dos recursos para outra conta do titular em qualquer banco.
Para atrair mais clientes, até o dia 10 de junho, a Caixa promoverá um feirão da casa própria oferecendo mais de 430 mil imóveis novos, usados e na planta. Porém, mesmo com a redução de juros e essa oferta tentadora, o consumidor deve fazer um planejamento antes realizar um financiamento habitacional. Além disso, para quem pensa em realizar a portabilidade de crédito imobiliário é preciso ficar atento, pois os encargos com documentação nem sempre compensam a economia com o juros.
Construtoras
Apesar da redução nas taxas de juros, o consumidor deve ficar atento, pois muitas vezes o preço do imóvel continua elevado. Isso significa que, caso o valor do apartamento ou da casa aumente, a economia que o consumidor obteve com as novas taxas será menor.
Se antes os bancos concentravam os lucros, agora as grandes construtoras podem tirar vantagem dos novos financiamentos imobiliários. Por isso, antes de financiar, é preciso ter certeza que o preço pago é razoável e nunca agir por impulso com as ofertas tentadoras oferecidas pelas empresas do setor imobiliário.
Portabilidade de crédito
Desde 2006, o consumidor pode transferir o seu crédito de uma instituição para outra. O saldo devedor que o consumidor possui em uma instituição financeira será quitado por meio da transferência de recursos de uma instituição para outra.
Com intuito de promover a concorrência entre os bancos, as taxas de juros reduzidas também são válidas em caso de portabilidade de crédito. Apesar dessas opções, o consumidor deve ficar atento antes de fazer tal operação. Em alguns casos, o custo da mudança não traz benefícios - especialmente quando se trata de financiamento de imóveis. Por isso, é importante estar bem informado sobre o saldo devedor e solicitar a planilha de cálculos que explique a evolução dos valores devidos antes de realizar a portabilidade.