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Devolução dos valores cobrados indevidamente nas contas de luz é tema de audiência pública na Câmara dos Deputados

<i>Idec participar&aacute; de discuss&atilde;o nesta quinta-feira (15) exigindo anula&ccedil;&atilde;o da decis&atilde;o da Aneel que nega ressarcimento dos consumidores</i>

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Atualizado: 

30/01/2018

A devolução de valores cobrados indevidamente nas contas de luz devido ao erro na metodologia de cálculo de reajuste utilizado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) serão tema de debate em audiência pública na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (15/9).

Na ocasião, a Frente de Energia Elétrica, integrada pelo Idec e outras entidades, como o Procon-SP, Proteste e Federeção Nacional dos Engenheiros, também entregará ao presidente da Câmara, o deputado Marco Maia (PT/RS), um pedido para que seja colocado em votação o PDC (Projeto de Decreto Legislativo) 10/11, que busca anular a decisão da Aneel de que não haveria devolução dos valores calculados a mais por conta do erro na metodologia de reajuste das contas de luz entre 2002 e 2009. Estima-se que o prejuízo, de cerca de R$ 1 bilhão ao ano, remunerava ilegalmente as concessionárias de energia eletrica.

O erro na metodologia de cálculo foi constatado pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e reconhecido pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Tarifas de Energia Elétrica e até pela própria Aneel, que alterou sua metodologia somente em 2009, após a comprovação do TCU e intensa pressão dos órgãos e associações de defesa do consumidor.

A Frente
A mobilização da Frente de Energia Elétrica tem como objetivo identificar os problemas do setor, contribuindo de forma mais eficiente nos processos regulatórios na busca do equilíbrio do mercado de consumo, com o propósito de assegurar que o serviço, embora monopolizado pelas concessionárias de energia em determinadas regiões, seja prestado de forma contínua e eficiente a todos os consumidores.

Entenda o caso
Em abril deste ano, a mesma Frente de Energia Elétrica havia encaminhado uma carta ao então Ministro-Chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, solicitando providências com relação à devolução dos R$ 7 bilhões cobrados indevidamente nas contas de energia elétrica.

O Idec considera que o fornecimento de energia elétrica, por se tratar de um serviço essencial, deve ser prestado de forma adequada, contínua e eficiente a todos os consumidores. "A própria Aneel já reconheceu que o cálculo estava incorreto, e precisa ser coerente e garantir o ressarcimento aos usuários indevidamente onerados ao longo de todos esses anos", afirma a advogada do Idec, Mariana Alves.

Para o Instituto e as demais entidades que fazem parte da Frente, recompor a tarifa significa saber quanto seria o valor correto da tarifa de energia na época em que a fórmula de reajuste começou a ser aplicada incorretamente. E, a partir daí, seria possível estabelecer mecanismos para compensação do período em que o consumidor pagou a mais.