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Faltam apenas três dias para o encerramento da Conferência do Clima (CoP 15) em Copenhague, na Dinamarca, e, no entanto, até agora o que se viu por lá foram desentendimentos entre os países e ausência de definições concretas para conter o avanço do aquecimento global.
O Idec, que está em Copenhague acompanhando as negociações e integrando a campanha Tic Tac Tic Tac e a delegação da Consumers International, está preocupado com o risco de não haver um acordo. "Frente ao desafio que será enfrentar as conseqüências da inação em relação às mudanças climáticas, é fundamental que os países assumam metas claras esta semana", defende Lisa Gunn, coordenadora executiva do Instituto.
Para Lisa, é preciso que o compromisso firmado na conferência forneça as ferramentas para reduzir o impacto ambiental dos nossos hábitos de consumo. "Sem um acordo justo, ambicioso e com força de lei, as ações práticas que são necessárias para mudar os padrões de produção e consumo podem atrasar, comprometendo a mitigação e a adaptação às mudanças climáticas", destaca.
A urgência do acordo se dá pelas consequências drásticas do aquecimento global para a vida no planeta, desde as catástrofes naturais que já estamos enfrentando (no Brasil, ciclones no sul, secas na Amazônia, enchentes nas cidades) até o impacto na produção de alimentos, disponibilidade de água e produção de energia hidrelétrica (a principal fonte no país) causadas pela mudança no regime das chuvas etc.
Mude o consumo para não mudar o clima
As mudanças climáticas são uma questão crítica para os consumidores, pois assim como as empresas e os governos, os cidadãos têm a responsabilidade de reduzir as emissões de gases do efeito de estufa decorrentes dos nossos atuais padrões insustentáveis de produção e consumo.
Assim, é fundamental que seja garantido ao consumidor o acesso a informações claras, verdadeiras e verificadas de forma independente sobre os impactos socioambientais dos produtos e serviços; que sejam implementadas políticas públicas integradas que permita mudanças efetivas no padrão de produção dos diversos setores; e que as empresas avancem do discurso para a transformação de políticas e práticas de fato.
Para colaborar com o papel do consumidor, o Idec, junto com a ong Vitae Civilis, organiza a campanha "Mude o consumo para não mudar o clima". Visite o hot site, calcule a sua pegada de carbono e conheça algumas dicas para diminuir a influência dos seus hábitos diários para o aquecimento global.
Para saber mais sobre a CoP e a relação entre clima e consumo, assista ao vídeo produzido pelo repórter Tomaz Cavalieri diretamente de Copenhague.