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Consumidores reclamam da Enel por cobranças incorretas nas contas de luz

Em todo 2021, foram registradas 10.402 queixas contra a distribuidora. Cobrança indevida ou abusiva lidera ranking de reclamações.

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SP1

Atualizado: 

05/05/2021
Foto: Reprodução/TV Globo
Foto: Reprodução/TV Globo

Veja a reportagem completa do SP1, da TV Globo, veiculada em 22/04/2021

A Enel é a segunda empresa com mais reclamações na Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon). Em todo 2021, foram 10.402 queixas. O primeiro lugar deste ranking é ocupado pela América Móveil, que representa quatro empresas de telefonia.

Cinco problemas com mais reclamações

  • Cobrança Indevida/abusiva: 7.617
  • SAC: 635
  • Dúvida sobre cobrança/valor/reajuste/contrato/orçamento: 615
  • Vício de qualidade (mal executado, inadequado, impróprio): 295
  • Dano materia/decorrente de serviço: 278

Até novembro de 2020, o Procon tinha recebido mais de 85 mil reclamações sobre fornecimento de energia elétrica em São Paulo.

Aneel

O número de reclamações contra Enel na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) bateu recorde em 2020. Em 2019, foram registradas 272.950 queixas na instituição. O número saltou para 669.836 em 2020 – aumento de 145,4%.

Veja abaixo o crescimento de reclamações

2018

  • Reclamações Encerradas: 149.483
  • Procedentes/Encerradas: 80.135 (53,61%)
  • Improcedentes/ Encerradas: 69.348 (46,39%)

2019

  • Reclamações Encerradas: 272.950
  • Procedentes/Encerradas: 106.067 (38,86%)
  • Improcedentes/ Encerradas: 166.883 (61,14%)

2020

  • Reclamações Encerradas: 669.836
  • Procedentes/Encerradas: 149.446 (22,31%)
  • Improcedentes/ Encerradas: 520.390 (77,69%)

Histórico

Entre 2010 e 2018, a distribuidora – até então Eletropaulo – deu razão à maior parte dos clientes que fizeram reclamações de cobranças indevidas.

Em 2019, após a empresa ser comprada por um grupo italiano e se tornar Enel, os recursos foram indeferidos na maior parte das 276.173 queixas.

Em 2020, das quase 670 mil reclamações encerradas, 520.390, cerca de 77,69%, foram consideradas improcedentes.

A Enel caiu nove posições no Ranking da Continuidade do Serviço, que mede as interrupções de abastecimento em 29 distribuidoras. Em 2019, ocupada a 15ª posição e caiu, em 2020, para 24ª.

Clauber Leite, coordenador do programa Energia e Consumo Sustentável do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), acredita que os cortes de energia deveriam ficar suspensos durante a pandemia.

Em nota, a Enel afirmou que o serviço de leitura e faturamento da concessionária está normalizado desde agosto do ano passado, após a retomada da leitura presencial pelos profissionais da companhia a partir de junho.

"Desde então, o número de reclamações sobre o tema ingressadas nos órgãos de defesa do consumidor vem caindo mês a mês."