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Veja a reportagem completa do SP1, da TV Globo, veiculada em 22/04/2021
A Enel é a segunda empresa com mais reclamações na Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon). Em todo 2021, foram 10.402 queixas. O primeiro lugar deste ranking é ocupado pela América Móveil, que representa quatro empresas de telefonia.
Cinco problemas com mais reclamações
- Cobrança Indevida/abusiva: 7.617
- SAC: 635
- Dúvida sobre cobrança/valor/reajuste/contrato/orçamento: 615
- Vício de qualidade (mal executado, inadequado, impróprio): 295
- Dano materia/decorrente de serviço: 278
Até novembro de 2020, o Procon tinha recebido mais de 85 mil reclamações sobre fornecimento de energia elétrica em São Paulo.
Aneel
O número de reclamações contra Enel na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) bateu recorde em 2020. Em 2019, foram registradas 272.950 queixas na instituição. O número saltou para 669.836 em 2020 – aumento de 145,4%.
Veja abaixo o crescimento de reclamações
2018
- Reclamações Encerradas: 149.483
- Procedentes/Encerradas: 80.135 (53,61%)
- Improcedentes/ Encerradas: 69.348 (46,39%)
2019
- Reclamações Encerradas: 272.950
- Procedentes/Encerradas: 106.067 (38,86%)
- Improcedentes/ Encerradas: 166.883 (61,14%)
2020
- Reclamações Encerradas: 669.836
- Procedentes/Encerradas: 149.446 (22,31%)
- Improcedentes/ Encerradas: 520.390 (77,69%)
Histórico
Entre 2010 e 2018, a distribuidora – até então Eletropaulo – deu razão à maior parte dos clientes que fizeram reclamações de cobranças indevidas.
Em 2019, após a empresa ser comprada por um grupo italiano e se tornar Enel, os recursos foram indeferidos na maior parte das 276.173 queixas.
Em 2020, das quase 670 mil reclamações encerradas, 520.390, cerca de 77,69%, foram consideradas improcedentes.
A Enel caiu nove posições no Ranking da Continuidade do Serviço, que mede as interrupções de abastecimento em 29 distribuidoras. Em 2019, ocupada a 15ª posição e caiu, em 2020, para 24ª.
Clauber Leite, coordenador do programa Energia e Consumo Sustentável do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), acredita que os cortes de energia deveriam ficar suspensos durante a pandemia.
Em nota, a Enel afirmou que o serviço de leitura e faturamento da concessionária está normalizado desde agosto do ano passado, após a retomada da leitura presencial pelos profissionais da companhia a partir de junho.
"Desde então, o número de reclamações sobre o tema ingressadas nos órgãos de defesa do consumidor vem caindo mês a mês."