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Febre no País desde 2010, a Black Friday (sexta-feira negra, em tradução livre) ocorre sempre na última sexta-feira de novembro para renovar os estoques para o Natal – neste ano, dia 24. O dia é uma tradição nos Estados Unidos, onde se realizam grandes promoções na sexta-feira seguinte ao feriado de Ação de Graças. Como no Brasil não se comemora a data, o comércio encontrou grande impulsionador para o sucesso da data: o pagamento do 13º salário.
Mas, para evitar enrascadas, é importante controlar a ansiedade frente às ‘megaliquidações’ e aos preços aparentemente baixos, e tomar alguns cuidados antes de sair comprando por aí. Os preços podem até parecer tentadores, mas é importante se planejar para não complicar o orçamento com a Black Friday. Logo depois da data, chega a hora de pagar o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), a matrícula escolar, o plano de saúde. E dessas contas não dá para se livrar.
Para não gastar mais do que pode, a dica é fazer uma lista de produtos que precisa e gostaria de comprar. Além disso, tente estabelecer um limite de gastos. Assim, saberá exatamente quanto da sua renda estará comprometida.
PESQUISA - Muitas empresas também maquiam o preço para que o produto pareça mais barato. Ou seja, sobem o valor na véspera e baixam na data como se fosse uma oferta. Essa prática é considerada publicidade enganosa e o estabelecimento pode ser penalizado.
Há maneiras de evitar esse tipo de prática. Uma delas é visitar sites e lojas diferentes com, pelo menos, duas semanas de antecedência. Pesquise o preço, as condições de venda e as especificações do produto.
Guarde o folheto ou tire um print screen (foto da tela do computador ou celular) com a demonstração do produto, valor, e também com informação do link, do nome da empresa, da data e hora em que foi feita a pesquisa. Dessa forma, você pode conferir se a oferta realmente foi cumprida.
Alguns sites e os procons fazem o monitoramento de preço para ajudar os consumidores que não pesquisaram antes. Vale a pena dar uma conferida e checar se o preço que encontrou é realmente o mais vantajoso.
Outro cuidado importante, principalmente se a compra for feita pela internet, é pesquisar a idoneidade da loja. Certifique-se de que a empresa existe, verificando se possui endereço físico e canal de relacionamento com o consumidor. Também é importante acessar o histórico de reclamações no Procon de seu município e no site consumidor.gov.br, do Ministério da Justiça, para verificar a reputação da loja.
Outra boa dica é consultar a lista do Procon-SP, com cerca de 500 sites que devem ser evitados. Além disso, ao acessar o endereço eletrônico, verifique se aparece um cadeado no canto esquerdo da barra de busca. Caso esteja visível, provavelmente a loja é segura.
Evite também sites que só aceitam pagamento via boleto, pois, além de não passar pela verificação da administradora do cartão, caso haja fraude não conseguirá reaver o valor pago. Caso se depare com uma empresa falsa, denuncie ao Procon.
Com o aproximar da data, provavelmente você irá receber diversos e-mails com ofertas imperdíveis. Antes de clicar, desconfie. Você pode ser uma vítima de fraude.Golpistas se aproveitam do aumento das transações para ludibriar consumidores. Sendo assim, preste muita atenção ao remetente. Os ataques de phishing – crime em que os internautas são convencidos a revelar informações pessoais, como senhas e dados de cartão de crédito – costumam fraudar o internauta, utilizando e-mails inexistentes e domínios que, embora pareçam com o original, não têm relação com a empresa da suposta oferta.
Além disso, preços muito abaixo da média praticada também são indícios de fraude. Fique atento.