As cidades de San Francisco, Oakland e Albany, no Estado da Califórnia, e Boulder, no Colorado, no dia 8 de novembro, aprovaram a cobrança de imposto sobre bebidas açucaradas, que contribuem com o aumento do número de pessoas com sobrepeso, obesidade e diabetes no mundo todo. Até então, apenas Berkeley, que fica na baía de San Francisco, taxava esse tipo de bebida. 

 

Em Boulder, 55% % dos votos foram a favor do imposto; em San Francisco e Oakland foram 62%, e Albany foi a cidade com maior aprovação, 71%. Nas cidades californianas, o tributo será de aproximadamente 34 centavos de dólar por litro, enquanto na cidade do Colorado, será de 67 centavos por litro. 

 

Há tempos, cidades norte-americanas vêm tentando implementar essa medida, seguindo recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), mas são derrotadas pela Associação Americana de Bebidas e pelas empresas de refrigerante, que gastaram mais de U$37,7 bilhões em campanhas contra essas iniciativas só em 2016. 

 

Para o Idec, a cobrança desse imposto é um avanço para o enfrentamento da obesidade e de outras doenças crônicas provocadas pelo consumo excessivo de açúcar. “Precisamos estimular o consumo de alimentos saudáveis e desestimular o de alimentos ultraprocessados. Assim, o aumento do preço de bebidas açucaradas é uma medida efetiva”, declara Ana Paula Bortoletto, nutricionista do Idec. “Infelizmente, o avanço dessas medidas é mais lento do que o desejado por conta da grande influência e pressão econômica das grandes companhias multinacionais de bebidas. Contudo, não podemos deixar que os interesses comerciais dessas empresas fiquem acima da saúde pública”, completa Bortoletto. 

 

Idec contra a obesidade 

No Brasil, entre 15% e 30% dos cidadãos são obesos, e cerca de 50% estão com excesso de peso. Embora não haja medidas fiscais para o controle dessa epidemia, o Guia Alimentar para a População Brasileira, elaborado pelo Ministério da Saúde, recomenda que alimentos ultraprocessados, incluindo as bebidas açucaradas, não façam parte da dieta. 

 

Para incentivar a alimentação saudável, o Idec lançou a campanha #ComerLivre. Na página, você encontra vídeos e conteúdos sobre iniciativas e soluções para os desafios que a população brasileira enfrenta para ter uma alimentação livre de conservantes, aromatizantes e outras substâncias nocivas à saúde; e também da influência da publicidade e da desinformação promovida por práticas enganosas de empresas de alimentos ultraprocessados.