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O Idec divulgou recentemente o relatório que trata a respeito de todo o trabalho feito pelo Instituto sobre o golpe do celular invadido. O documento traz informações importantes para quem foi vítima e precisa recuperar o dinheiro roubado pelos criminosos.
Neste texto, você vai entender um outro ponto muito importante: como se prevenir desse golpe? Confira a seguir!
O que é o golpe do celular invadido?
O golpe do celular invadido pode ser conhecido por outros dois nomes: golpe do acesso remoto ou golpe da mão fantasma.
Essas possibilidades de nomes são para tentar descrever melhor o que é esse golpe. Ele ocorre quando um golpista finge ser um atendente de um banco e entra em contato com a vítima por algum meio: telefone, Whatsapp, email, etc.
Ao conseguir falar com a vítima, esse falso atendente utiliza do que é chamado de técnicas de engenharia social. Nada mais é do que uma estratégia para te enganar mais facilmente. Ele faz isso, por exemplo, ao utilizar uma linguagem técnica, ser muito educado pelo telefone, invadir o chat do aplicativo do banco confirmando que se trata de um atendimento real, entre outras possibilidades.
Quando ele ganha a confiança da vítima, é a hora de aplicar o golpe. E aí vem um dos nomes dados a ele: o acesso remoto. Nesse momento em que o golpista ganha a confiança da vítima, ele pede para que ela instale um software no celular dela para que ele possa ver o que tem de problema no aplicativo do banco.
E aí a criatividade do golpista vai longe. Ele pode falar que seu cartão de crédito foi barrado, que houve uma suspeita de golpe no seu aplicativo, que precisa fazer uma atualização no app do banco, entre outras várias possibilidades.
O que ele quer mesmo é que você baixe esse aplicativo de acesso remoto e, assim, libere para que ele consiga mexer no seu celular a partir do computador dele. É aí que vem os outros dois nomes: golpe do celular invadido ou golpe da mão fantasma. Isso porque o golpista vai conseguir acessar o seu celular usando outro aparelho, como se fosse uma mão fantasma mesmo aparecendo na tela do seu smartphone.
Com o acesso remoto, ele vai te guiando até o aplicativo do banco, pede para você colocar a senha e, neste momento, toma o controle total do seu celular e aplica o golpe. Ele faz transferências, pega empréstimos, compras no cartão virtual e o que mais conseguir roubar de você.
Quando a vítima perceber, o dinheiro já foi todo embora e ela está cheia de dívidas.
Como se prevenir?
Antes de falar como a vítima pode se prevenir, é importante destacar que para o Idec os bancos têm obrigação de barrar o acesso remoto aos aplicativos deles. E isso é possível fazer, como o Instituto relata no relatório que fez a respeito do golpe. Caso o seu banco não faça esse bloqueio, ele também é responsável e deve devolver o seu dinheiro.
Além disso, é possível sim você tomar alguns cuidados para evitar que o golpe aconteça. O primeiro deles é jamais instalar um software de acesso remoto no seu celular. Se mandarem você baixar qualquer coisa, clicar em algum link, não faça.
Os bancos, normalmente, não ligam para os clientes. Apenas alguns fazem isso e quase sempre é para oferecer algum serviço, crédito, empréstimo. Então, se alguém entrar em contato com você, pare de falar com a pessoa. Desligue o telefone, bloqueie o Whatsapp, não responda o SMS.
Ligue para o SAC do seu banco por outro telefone e pergunte se são eles que estão entrando em contato. Mesmo bancos digitais que normalmente oferecem só o chat e não têm agência física são obrigados a terem um telefone de SAC para você falar com eles. Prefira esse meio para tirar a dúvida.
Nenhum banco vai solicitar que você baixe qualquer aplicativo no seu celular. Se alguém que diz ser um atendente fizer isso, pode desligar a ligação ou bloquear o Zap que é golpe.
O que fazer se tiver sido vítima?
Caso você tenha sido vítima, lembre-se que a culpa não é sua. É dever do banco garantir a segurança dos produtos e serviços que oferece e barrar o golpe antes de acontecer, ainda mais que existe tecnologia disponível no mercado para isso.
O que você deve fazer é registrar um boletim de ocorrência, entrar em contato com o banco, informar o que aconteceu e pedir o seu dinheiro de volta. Se ele não aceitar, aí você procura os órgãos oficiais de defesa do consumidor (Procons, consumidor.gov.br) e, caso seja necessário, entre com um processo judicial.
Tudo que você precisa saber sobre como tentar reaver o dinheiro se tiver sido vítima do golpe do celular invadido, a gente te explica neste texto aqui!