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A internet traz diversas facilidades úteis ao nosso dia a dia, mas, infelizmente, também pode ser um espaço de utilização para pessoas de má-fé. Golpes online são cada vez mais comuns e sofisticados, buscando enganar quem recebe uma mensagem ou uma ligação com um link falso de uma promoção, se passando por outra pessoa ou instigando a curiosidade de uma pessoa por uma notícia falsa.
Esses golpes têm o objetivo de obter ilicitamente os dados pessoais da vítima, transmitir malwares/vírus ou até mesmo de conseguir dinheiro. Além disso, continuam os famosos golpes por telefone e por SMS, mas, agora, de modo cada vez mais rebuscado para enganar as potenciais vítimas.
Esses golpes muitas vezes são aplicados usando a técnica do phishing, que é o ato de tentar adquirir informações online fingindo ser uma entidade confiável. Para "pescar" clientes, costuma-se divulgar, por exemplo, a distribuição gratuita de produtos de alguma marca, sob a condição de coleta de algum dado pessoal que pode ser usado pelos criminosos em diversas fraudes.
Nesses tempos de pandemia, os golpes têm se sofisticado para atender às ânsias atuais da população. Isso reflete especialmente no aumento de golpes relativos à distribuição gratuita de produtos de higiene e de proteção contra o vírus, como máscara e álcool em gel, e no envio de links de fontes duvidosas sobre possíveis imunizações ou curas à doença.
Além disso, com a população ficando mais em casa e algumas empresas efetivamente aproveitando o período para divulgarem os produtos, os golpistas se aproveitam para também divulgar promoções falsas. Então fique atento a alguns dos golpes do momento:
GOLPES
Supostas doações de produtos de prevenção:
- Ambev: "Álcool em gel da Ambev. Registre-se".
A empresa já desmentiu a informação em sua conta oficial do Twitter, informando que suas doações são destinadas a hospitais públicos.
- "Kit gratuito com máscara e álcool gel dado pelo governo".
A mensagem leva o usuário para uma página falsa do Governo Federal com dicas de prevenção, mas para supostamente conseguir o brinde, o usuário tem que preencher informações pessoais e compartilhar o site para ajudar a "salvar vidas". Essa tentativa de golpe também é aplicado pelo telefone, se fazendo passar pelo Ministério da Saúde.
Supostas imunizações/curas e atualizações sobre a doença
- "Fabricação de vacina Covid-19", com pedido de doações para seu financiamento em nome de hospitais, do SUS ou OMS, por exemplo.
O financiamento para as pesquisas por vacina não está sendo feito de forma individual
- "Agende teste do Coronavírus em casa"
Este tipo de teste também não é feito à domicílio.
- Aplicativos rastreadores da doença pelo mundo, como o "COVID-19 Tracker" e o "CovidLock
Na verdade esse aplicativos podem "sequestram" o smartphone ao mudar a senha do smartphone e pedem um resgate em bitcoins para liberá-lo.
Supostos problemas com cartão de crédito
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Golpe do falso motoboy: Criminosos entram em contato com as vítimas se fazendo passar pelo banco para comunicar a realização de transações suspeitas com o cartão de crédito do cliente. Após usar técnicas de engenharia social para obter informações sigilosas, como senhas e dados pessoais, os golpistas informam que um motoboy será enviado para recolher o cartão supostamente clonado para que sejam feitas outras análises necessárias para o cancelamento das compras irregulares. Para passar uma imagem de segurança, os criminosos orientam a vítima a cortar o cartão ao meio, no sentido do comprimento, para inutilizar a tarja magnética, antes de entregá-lo ao motoboy. No entanto, o chip permanece intacto, o que permite que a quadrilha faça compras com o cartão, ainda que o plástico esteja partido ao meio.
A Febraban informa que os bancos nunca enviam funcionários para recolher os cartões dos clientes.
Suposta campanha de gratuidade em serviço de grande utilização
- Netflix: "Nessa quarentena ganhe uma conta sem custo!": "Com a grande disseminação do CORONA VÍRUS no mundo, a Netflix está liberando acesso a sua plataforma para os primeiros a se cadastrarem no site deles! É por pouco tempo os cadastros!".
A mensagem remete ao link netflix-usa.net, que não é o domínio oficial da plataforma.
- Anatel: "Para conscientizar o povo brasileiro a ficar em casa, nós decidimos liberar totalmente grátis 7GB de internet. Solicite 1 vez por dia. Válido somente até hoje".No link falso, pedem informações como a operadora.
Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) afirmou, em seu site oficial, que a agência não envia links por WhatsApp ou por SMS, nem faz promoções ou dá prêmios.
DICAS PARA NÃO CAIR EM GOLPES
Como o número de tentativas de fraudes nunca para, e a criatividade dos criminosos parece ilimitada, selecionamos abaixo algumas dicas para não cair nesses e outros em golpes:
Repare no endereço do site ou do e-mail. Muitas vezes, apesar de o título do e-mail ou da mensagem fazer parecer que é um remetente confiável, o link é encaminhado para um site com domínio diverso da empresa que se diz que é (apesar do site possuir um layout muito semelhante ao original) ou é enviado por um e-mail que não seja do domínio da empresa (por exemplo, não é @empresa.com.br, mas possui um nome qualquer e é utilizado um domínio comum, como @hotmail.com, @gmail.com, etc). No caso de links, atente se o site possui o "cadeado" do lado do endereço, o que demonstra segurança no site (com certificado HTTPS).
Nunca forneça suas informações pessoais em sites e aplicativos que não reconheça. Também não envie informações que podem ser usadas de má-fé, como foto do cartão de crédito.
Nunca repasse códigos de autenticação a terceiros. Códigos de cadastro, como aquele para o uso do WhatsApp, são de uso pessoal. O repasse dessa informação pode levar à clonagem do seu aplicativo e potencial uso para pedir dinheiro para conhecidos em seu nome. Para aumentar a segurança do WhatsApp, também ative a "Confirmação de Duas Etapas" nas configurações do aplicativo.
Desconfiar de e-mails de desconhecidos, com assuntos apelativos e/ou produtos vendidos ou serviços oferecidos a valor muito abaixo do mercado ou até mesmo gratuitos. Entre no site oficial da empresa que supostamente esteja oferecendo este produto ou serviço para conferir a veracidade da informação - se for muito bom para ser verdade, é porque realmente deve-se desconfiar. Não clique em links ou abra anexos de remetentes desconhecidos não confiáveis. Desconfie se receber comunicações com assuntos alarmantes ou apelativos, como "mande essas informações em 24h", "você foi vítima de um crime, clique aqui para solucionar" ou "você ganhou R$ 1.000, clique aqui para resgatar a quantia".