TEM MUDANÇA NO AR!
Nesta reportagem, apresentamos a vocês, associados e associadas, a nova identidade visual do Instituto, que mudou para refletir os novos tempos, se aproximar das pessoas consumidoras e reforçar sua missão e seu propósito.
Se você entrou em nosso site depois de 11 de março ou em nossas redes sociais, ou, ainda, se olhou com atenção a capa desta revista que você tem em mãos, deve ter reparado que estamos de “cara” nova! Mas não mudamos apenas por fora. Ao longo desses 36 anos de luta pelos direitos das pessoas consumidoras, a sociedade mudou, as relações de consumo mudaram, e o Idec também mudou. E com a vontade de ser ainda mais engajador, mais combativo e mais próximo de consumidores e consumidoras de todo o Brasil, veio a necessidade de reforçar nossa marca, para atrairmos mais e mais brasileiros de todo o país para o movimento em defesa dos direitos de consumidores. “Nós, do Idec, queremos mudar a vida das pessoas, por isso lutamos pelos nossos direitos, e para continuar conquistando mais avanços importantes também tivemos de mudar”, declara Carlota Aquino, diretora executiva do Idec.
A última alteração em nosso logo havia sido feita em 2012. Mas dessa vez a transformação foi profunda, porque queríamos desfazer de uma vez por todas a confusão que as pessoas costumam fazer, achando que o Idec é um órgão oficial do Governo. “Na nova marca fica bem claro que somos uma organização independente e sem fins lucrativos que convida as pessoas a participarem mais ativamente de nossas lutas!”, afirma Carla Yue, gerente de Marketing e Relacionamento do Idec.
Para nos ajudar com o reposicionamento institucional e a criação da nova identidade visual, contratamos duas empresas, Oficina de Impacto e Fábrica de Ideias Brasileiras (FIB). “Foi um trabalho coletivo, porque é complexo mudar, não é simples. Era preciso respeitar nossa missão, nosso propósito e nossos valores, que permanecem os mesmos”, diz Yue.
Confira, a seguir, as principais mudanças!
O QUE MUDA PARA VOCÊS, ASSOCIADOS E ASSOCIADAS
Se tivemos essa oportunidade de reformular nossa marca é muito graças ao apoio de vocês, associados, associadas e apoiadores. Então, nessa nova fase, queremos estar cada vez mais próximos das pessoas. “Essa é uma mudança de todos nós, por isso é muito importante ter os nossos associados com a gente. As portas estarão sempre abertas, afinal somos uma associação de pessoas consumidoras”, reforça Yue.
Uma das ideias é promover encontros presenciais em diferentes estados, a exemplo dos que foram realizados em 2023 em Salvador (BA), Brasília (DF) e Rio de Janeiro (RJ), além de encontros online. Aproveitamos esta reportagem para convidá-los a responder a uma enquete sobre os temas que gostariam de ver abordados nesses encontros (o link é idec.org.br/enquete-encontros). “Também queremos que as pessoas compartilhem conosco os desafios enfrentados na defesa de seus direitos e nos deem retorno sobre as orientações recebidas, para que possamos compartilhar com outras pessoas o caminho percorrido e os obstáculos encontrados. Desejamos que o sentimento de pertencimento a uma causa coletiva reverbere”, manifesta-se Aquino.
MODERNA E CATIVANTE
Se a essência do Idec continua a mesma, não se pode dizer o mesmo de sua aparência. A primeira mudança importante foi a do nome, que será bastante usado junto ao logo. Depois de muitas discussões, decidiu-se tirar o “Brasileiro”, que além de gerar confusão, porque a letra B não aparece em Idec, intensificava a percepção do Instituto como órgão público. “Agora, o Idec se chama Instituto de Defesa de Consumidores, porque Idec não é mais uma sigla, é um nome”, esclarece Aquino, ressaltando que a razão social permanecerá a mesma, o que muda é o nome fantasia.
Para criar o novo logo e toda a identidade visual, contratamos a Fábrica de Ideias Brasileiras (FIB). “O primeiro passo foi entender por que o Idec queria mudar de identidade, o quanto ele queria mudar, o quanto a sua identidade estava refletida na marca anterior e qual seria a personalidade que deveria ser retratada na nova identidade”, conta a especialista em branding Mariana Jorge, sócia da FIB e associada do Idec há mais de 20 anos. Depois, foram necessárias muitas conversas com o time do Idec e seus conselheiros, que fizeram, inclusive, um “exercício de persona”, que consiste em responder à pergunta: “Se o Idec fosse uma pessoa, como ela seria?”. Chegou-se à conclusão de que o Idec seria alguém que se destaca, que se diferencia por meio de sua forma de se expressar vibrante, que nunca passa despercebida. Assim, o logo precisava refletir o caráter combativo do Instituto e ter um apelo popular. “A identidade anterior era mais discreta, neutra e tranquila. Mas a personalidade do Idec não é neutra”, avalia Jorge.
Após vários modelos sugeridos, o Idec aprovou um desenho com uma tipografia sem serifa (aquele “traço” no “pé” da letra), com a caixa baixa – que passa a mensagem de que o Idec é uma organização “pé no chão” –, e o C ligeiramente voltado para cima, de onde sai a voz do consumidor. “O Idec nunca teve um símbolo. Depois de muitas propostas, chegamos ao ‘grito’ saindo do C, um elemento gráfico que representa a voz do consumidor e a luta do Idec e de todos os consumidores. O símbolo já estava de certa forma no slogan: Seus direitos, nossa luta. Ele só precisava ser refletido no logo”, explica Jorge.
COM AS MUDANÇAS QUEREMOS...
- Eliminar a confusão que faz o Idec ser percebido como um órgão oficial do Governo;
- Reforçar a ideia de que o Idec é uma organização independente e sem fins lucrativos;
- Ampliar as formas de contribuir com o Idec, sendo um apoiador ou voluntário, por exemplo;
- Esclarecer que o objetivo do Idec não é apenas resolver problemas individuais, mas educar e empoderar as pessoas consumidoras para que lutem, juntas, pelos seus direitos;
- Deixar claro que o Idec precisa ser fortalecido. “Temos um grande poder quando nos juntamos. Existimos para representar milhares de consumidores e consumidoras que não aceitam abusos, que exigem melhorias urgentes na sociedade e perseguem um consumo sustentável. Esta é a voz que levamos para os ouvidos das empresas e autoridades”, declara Carla Yue;
- Melhorar a nossa relação com os associados.
A paleta de cores também mudou. Agora, em nossas comunicações, seja lá qual for o canal, você verá muito preto, azul, rosa e amarelo, numa identidade visual vibrante, colorida e cheia de presença. “A identidade do Idec era em tons de cinza e azul, cores pouco marcantes. Com a nova paleta, queremos oferecer algo com mais personalidade, como outras marcas fortes que usam a cor como elemento de identidade”, destaca Jorge. Para ela, esse é um primeiro passo para o Idec conquistar o sonho de ser a grande marca referência quando se fala em luta pelos direitos do consumidor. “Estou muito orgulhosa, como sócia da FIB, de ter feito esse projeto. Fizemos esse trabalho com muito carinho. E destaco a maravilhosa equipe do Idec, que não foi cliente, foi parceira. Tivemos uma relação de troca muito grande”, elogia Jorge.
UMA NOVA FORMA DE SE COMUNICAR
Não foi só a imagem que mudou, a forma de se comunicar também. “Queríamos falar de uma maneira mais simples e objetiva, de forma que conseguíssemos atingir pessoas de diferentes condições sociais e econômicas, etnias e raças, e de diferentes partes do Brasil”, informa Yue. E Aquino completa: “Ao fortalecer a nossa marca e linguagem, esperamos que as pessoas conheçam melhor o Idec, entendendo a sua atuação e as vantagens de apoiar uma organização independente”.
O Idec contratou a Oficina de Impacto, uma assessoria estratégica e de comunicação que trabalha exclusivamente com negócios e organizações de impacto positivo, para trabalhar a parte de narrativas, ou seja, como apresentar o Idec mostrando que ele é protagonista em diversas causas. “As pessoas precisam entender o que o Idec faz e saber tudo o que ele já conquistou nesses 36 anos de atuação”, defende Luciene Antunes, fundadora da Oficina de Impacto.
Esse trabalho, que durou quase um ano, contou com a participação dos colaboradores do Idec, que participam de uma pesquisa sobre a forma como eles enxergam o Instituto (quais os seus valores, as suas fortalezas, os seus pontos a melhorar etc.), e também de alguns associados muito engajados, que contaram por que apoiam o Idec, o que foi determinante para que se associassem etc.
Com esses insumos em mãos, a Oficina criou um manual de linguagem, com diretrizes que vão guiar nossos colaboradores, não apenas na hora de escrever na revista, no site e nas mídias sociais, mas também em suas campanhas, nas entrevistas para a imprensa, na reuniões com autoridades, em audiências públicas etc. O novo Idec usará uma linguagem mais inclusiva, principalmente em relação a gênero, e próxima de seus interlocutores. “Além disso, a comunicação terá um tom convocatório, convidando as pessoas a se engajarem, e reforçando a ideia de que quanto mais pessoas se juntarem ao movimento, mais força o Idec terá”, revela Antunes.
A REVISTA TAMBÉM VAI MUDAR!
A Revista do Idec não ficou de fora do processo de renovação da marca. A partir da próxima edição (maio/junho), ela será digital, não mais impressa. Assim, em vez de recebê-la pelo correio a cada dois meses, você a receberá por e-mail ou WhatsApp.
A decisão de transformar a revista em um produto digital foi tomada por três motivos principais: a sustentabilidade (muitos associados nos pediam para não receber mais a revista em casa), o custo e o alcance. “Com a revista eletrônica, vamos agredir menos o meio ambiente, em consonância com o nosso programa de Consumo Sustentável, e também economizar recursos que poderemos investir em nossas campanhas e projetos. Além disso, ela poderá ser lida por mais gente, já que será mais fácil compartilhá-la”, justifica Aquino.