O que foi assunto na defesa do consumidor pelo mundo em março e abril de 2022
MÉXICO
EM DEFESA DA TORTILHA TRADICIONAL
Em 4 de abril, organizações da sociedade civil convocaram os mexicanos a participar de uma consulta pública que pretende regular a produção e comercialização de tortilhas, bem como outros produtos de milho, ao mesmo tempo em que defende a tradicional tortilha, feita com massa de milho nixtamalizada (processo de cozimento e maceração do milho maduro).
Cerca de 21 mil cidadãos enviaram comentários, que agora serão compilados para serem discutidos pelos setores industrial, comercial, acadêmico, consumidor e governamental, que compõem o Grupo de Trabalho.
SUÍÇA
PLANO DE EMERGÊNCIA PARA EVITAR CRISE ELÉTRICA
O governo suíço está preparando um plano de resgate para as principais empresas de eletricidade ao longo dos próximos quatro anos, a fim de evitar uma crise elétrica no País. O objetivo é assegurar liquidez financeira para comercializadores de energia que atendem ao mercado internacional, pois a falência de uma grande companhia poderia desencadear uma reação em cadeia, ameaçando o fornecimento de energia na Suíça.
Em troca da ajuda governamental, que pode chegar a 10 bilhões de francos suíços, as empresas de energia devem tomar as medidas necessárias para lidar com os aumentos elevados de preços. Contudo, como as regras para receber o benefício são rígidas, estima-se que poucas se qualifiquem para recebê-lo.
ARÁBIA SAUDITA
PL GARANTE DIREITOS DO CONSUMIDOR
A Arábia Saudita apresentou um Projeto de Lei (PL) que reconhece os principais direitos do consumidor, de acordo com as diretrizes da Organização das Nações Unidas. O PL proíbe práticas comerciais desleais e enganosas, a publicidade de produtos que prejudiquem a segurança das crianças ou não sejam compatíveis com sua faixa etária e o acesso a dados pessoais do consumidor sem consentimento.
O Ministério do Comércio saudita convocou a população a apresentar opiniões e sugestões sobre a nova lei.
EUA
CONSUMIDORES ADEPTOS DA SUSTENTABILIDADE
A Blue Yonder entrevistou cerca de 1 mil consumidores norte-americanos, em março de 2022, sobre seus hábitos de compras sustentáveis, para a Pesquisa de Sustentabilidade do Consumidor de 2022. Oitenta e seis por cento dos consumidores estão dispostos a aceitar um prazo de entrega maior para produtos comprados online em prol da sustentabilidade. Destes, 29% esperariam até cinco dias a mais, e 28%, uma semana ou mais.
O estudo também mostrou que a pandemia impactou os hábitos sustentáveis. Quase metade dos entrevistados (44%) está mais interessado em fazer compras sustentáveis.
EUA
COMPRA ON-LINE, RETIRADA NA LOJA
Os consumidores norte-americanos são quatro vezes mais propensos a fazer compras online e a retirarem o item na loja do que os de outros países, de acordo com o estudo Global Digital Shopping Playbook 2022. Foram analisados hábitos de consumo de 13 mil consumidores em seis países: EUA, México, Brasil, Reino Unido, Austrália e Emirados Árabes Unidos.
Dos norte-americanos que retiram o pedido na loja, 47% acabam comprando mais produtos quando vão retirá-lo. E nas lojas físicas, 59% dos emiradenses e 47% dos brasileiros usa o smartphone enquanto fazem compras, procurando descontos e inspirações.
Todas as lâmpadas fluorescentes contêm mercúrio – uma neurotoxina classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um dentre os 10 compostos químicos preocupantes para a saúde pública. Elas liberam mercúrio sempre que quebram, o que pode ocorrer durante o uso, mas principalmente no descarte.
Em termos de eficiência energética, lâmpadas LED oferecem mais fluxo luminoso por Watt consumido do que as fluorescentes. Isso pode significar menos necessidade de geração de eletricidade, com redução do acionamento de geração térmica.
Neste cenário, foi discutida na última Conferência das Partes da Convenção de Minamata sobre Mercúrio (COP4), o phase out (descontinuação) das lâmpadas fluorescentes. Infelizmente, não houve acordo completo e apenas as Lâmpadas Fluorescentes Compactas (CFL) entrarão em phase out a partir de 2025. Para as Lâmpadas Fluorescentes Tubulares (LFT), a luta continuará na próxima COP. Enquanto isso, o Projeto Hospitais Saudáveis e a Coalizão pela Iluminação Limpa (CLiC) firmaram acordo com o Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu para a execução de um Retrofit LED (3 mil lâmpadas fluorescentes serão substituídas). Esse projeto contribui com diversas outras iniciativas para impulsionar o phase out das CFLs. Que venha a COP5 e a eliminação de todas as lâmpadas fluorescentes!
Saiba mais
- Projeto Hospitais Saudáveis: www.hospitaissaudaveis.org/
- Coalização pela Iluminação Limpa: www.cleanlightingcoalition.org