Whatsapp clonado
Claro é condenada a pagar R$ 20 mil a cliente vítima de fraude por não ter resolvido o problema adequadamente
A operadora de telefonia Claro foi condenada, em 2 de agosto, a pagar R$ 20 mil por danos morais a uma cliente cujo aplicativo de mensagens WhatsApp fora clonado duas vezes. A decisão é da 22a Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
O app foi clonado pela primeira vez em setembro de 2018. O criminoso invadiu as conversas e chegou a pedir dinheiro emprestado como se fosse a dona da conta. A consumidora procurou a Claro e foi orientada a comprar um chip com novo número e outro aparelho celular, para dificultar outra clonagem. Contudo, uma semana depois, a nova linha foi clonada. E como o número antigo não havia sido desativado, algumas pessoas que estavam em seus contatos continuaram recebendo mensagens do fraudador. O número só foi cancelado depois de uma semana.
Por ter sido mal atendida pela Claro, ela resolveu entrar com ação na Justiça alegando que a operadora demorou a solucionar o problema. Em primeira instância, a ação foi julgada parcialmente procedente, e a indenização estabelecida foi de R$ 5 mil. A autora recorreu pedindo que o valor fosse aumentado para R$ 30 mil. Em segunda instância, o relator do caso, Roberto Mac Cracken, considerou que houve falha na prestação do serviço, o que causou problemas à consumidora, e aumentou a indenização para R$ 20 mil, aplicando os princípios da razoabilidade e proporcionalidade.
Número do processo: 1105778-06.2018.8.26.0100