O que foi assunto na defesa do consumidor pelo mundo entre janeiro e fevereiro de 2019
ÁUSTRIA
AMAZON É INVESTIGADA POR PRÁTICAS COMERCIAIS DESLEAIS
A Autoridade Federal da Concorrência da Áustria (BWB, na sigla austríaca) informou que vai investigar a loja online norteamericana Amazon por práticas injustas. Conhecida por praticar marketplace (em sua página eletrônica há produtos comercializados e entregues por outros fornecedores), ela estaria favorecendo a venda de seus próprios produtos e prejudicando outros varejistas que expõem artigos diversos em seu site.
A investigação foi aberta após denúncias recebidas pelo órgão austríaco em dezembro de 2018. A Alemanha iniciou investigação semelhante contra a Amazon em novembro do ano passado.
SAÚDE
BEBIDAS ARTIFICIALMENTE ADOÇADAS AUMENTAM OS RISCOS DE AVC
Estudo recente publicado na Stroke, revista da American Heart Association (Associação Americana do Coração) revela que mulheres que bebem regularmente duas ou mais latas de bebidas adoçadas artificialmente correm mais riscos de sofrerem acidente vascular cerebral (AVC). Os pesquisadores acompanharam 81.714 mulheres com 50 anos ou mais que consomem bebidas diet.
O estudo também mostra que mulheres obesas e afrodescendentes são mais propensas a sofrerem derrame do que as que nunca bebem esse tipo de bebida ou a consomem raramente.
MUNDO
OBESIDADE, DESNUTRIÇÃO E MUDANÇAS CLIMÁTICAS AMEAÇAM A TERRA
Um relatório publicado no fim de janeiro na revista médico-científica The Lancet informa que a combinação de três problemas graves – obesidade, desnutrição e mudanças climáticas – é a maior ameaça à saúde humana e ao planeta Terra neste século. Os pesquisadores usaram o termo “sindemia global” para descrever o fenômeno.
De acordo com o estudo, a pandemia tripla deve ser tratada como um problema único. Assim, é necessário monitorar as atividades políticas e corporativas das indústrias e elaborar um tratado sobre sistemas alimentares nos moldes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco da Organização Mundial da Saúde (OMS), que resultou em políticas públicas para a redução do consumo de tabaco no mundo todo.
ÍNDIA
PARTIDOS POLÍTICOS VIOLAM REGRAS DO WHATSAPP
O WhatApp está preocupado com o mau uso do aplicativo de mensagem na Índia. Segundo a empresa, políticos que disputam as 543 vagas para deputado da Câmara Baixa – de onde sairá o novo primeiro-ministro – estão usando sistemas automatizados para fazer disparos em massa de mensagens e espalhar fake news, violando as regras do app. Nos últimos três meses, seis mil contas foram deletadas no mundo por conta de envio em massa.
ESTADOS UNIDOS
TAURUS FAZ ACORDO PARA ENCERRAR AÇÃO JUDICIAL
A Taurus – empresa fabricante de armas – fez um acordo, em janeiro, para encerrar a ação judicial da qual é ré, no estado da Flórida, nos Estados Unidos. Ela é acusada de fabricar revólveres com defeito. O acordo, que custará entre US$ 7 e US$ 8 milhões para a companhia, foi firmado após exaustiva negociação. Essa foi a forma mais eficaz e econômica que a fabricante de armas encontrou para dar fim ao processo.
A desigualdade de gênero é visível em nossa vida cotidiana, seja na Europa ou na América Latina: mulheres são discriminadas, ganham menos do que seus colegas homens e ocupam menos cargos de chefia. É por isso que o Fair Finance Guide International (FFGI) – do qual o Idec faz parte, coordenando o Guia dos Bancos Responsáveis no Brasil –, começou a avaliar como os bancos se relacionam com a igualdade de gênero.
Os primeiros resultados são reveladores: enquanto bancos de países como Suécia, Noruega e Japão já deram passos notáveis para promover a igualdade de gênero entre seus empregados, outros bancos europeus, na Alemanha, Holanda e França, adotaram poucas medidas. Já os bancos brasileiros e indonésios foram os que tiveram as piores notas para a promoção da igualdade de tratamento a funcionários homens e mulheres.
O maior impacto das instituições financeiras na justiça de gênero, entretanto, não está em suas próprias operações, mas nos investimentos que fazem em empresas de setores como alimentação, silvicultura e mineração. No entanto, quando os países do FFGI avaliam para que tipo de empresas os bancos emprestam dinheiro, instituições financeiras em todo o mundo parecem ter pouca ou nenhuma consciência da injustiça de gênero. Há inúmeros exemplos de atividades que têm um impacto muito maior sobre as mulheres do que sobre os homens: se o acesso à água é afetado, são as mulheres que percorrem longas distâncias para buscá-la.
Acreditamos que os bancos podem usar sua influência nas empresas que financiam para abordar questões específicas de gênero e garantir os direitos das mulheres em todo o mundo. É por isso que o Fair Finance Guide continuará promovendo práticas bancárias responsáveis e pressionando as instituições financeiras e também seus clientes corporativos a assumirem responsabilidades.