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Confira as principais atividades do Idec entre julho e início de setembro de 2017

Negociação de acordo sobre planos econômicos; novo Mapa de Feiras Orgânicas; rotulagem de transgênicos e mais.
PLANOS ECONÔMICOS

Idec defende poupadores em negociação de acordo

Conforme a mídia tem noticiado, os bancos e representantes dos poupadores – dentre eles o Idec – estão se reunindo para negociar um desfecho para a reparação dos prejuízos provocados aos rendimentos das cadernetas de poupança durante os planos econômicos, entre o final dos anos 1980 e início da década de 1990. Com mediação da Advocacia Geral da União e do Banco Central, o possível acordo tem o objetivo de encerrar as disputas judiciais em torno do tema, que já duram quase 30 anos.

Embora a imprensa venha especulando valores e datas, até o fechamento desta edição nada havia sido definido, pois a negociação é complexa. “Estamos presentes nas reuniões e participando dos debates para preservar os direitos dos poupadores, como sempre fizemos ao longo de todos esses anos. Queremos que os direitos de todos os consumidores – associados ao Idec ou não – sejam garantidos nesse caso”, declara Walter Moura, advogado que representa o Instituto em Brasília (DF).

Entrave ao acordo 

Na última reunião realizada antes do fechamento desta revista, em 5 de setembro, o Idec se retirou da discussão. O motivo foi as instituições financeiras terem se recusado a pedir ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para adiar o julgamento de um recurso que pode restringir muito a abrangência das ações civis públicas (ACPs) sobre planos econômicos. O julgamento estava previsto para 13 de setembro.

Se o recurso dos bancos for atendido pelo STJ, só poderá se beneficiar das ações do Idec quem era associado na época em que a ACP foi proposta e cujo nome esteja em uma lista prévia – lista essa que não existe nesse tipo de ação e que seria uma aberração do ponto de vista jurídico. A tentativa vai contra o Código de Defesa do Consumidor, que estabelece que ações civis públicas são válidas para todos os atingidos pelo problema em questão.

Diante da grave ameaça que esse julgamento representa, o Idec lançou em agosto a campanha STJ: meu direito não cabe numa lista para pressionar a Corte a não ceder à pressão dos bancos.

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Assine e divulgue a campanha STJ: meu direito não cabe numa lista! Acesse: goo.gl/ZikX9A

TRANSGÊNICOS

Idec reaje à proposta de decreto que pode dar fim à rotulagem

Diante da notícia de que o presidente Michel Temer poderia assinar a qualquer momento um decreto desobrigando a informação sobre o uso de transgênicos no rótulo dos alimentos, o Idec enviou, em 25 de agosto, uma carta a ele manifestando-se contra a iniciativa.

Além disso, a campanha do Idec contra o fim da ro- tulagem, no ar desde 2008, foi redirecionada para os in- ternautas pressionarem o presidente a não assinar o decreto. Antes disso, os alvos da campanha eram os senadores, que estão analisando o Projeto de Lei da Câmara (PLC) no 34/2015, que também quer acabar com a rotulagem de transgênicos.

Segundo a imprensa, o decreto visa a “substituir” o PLC, que vem sofrendo resistência no Senado. A dificuldade de aprovação do projeto se deve, em grande parte, à mobilização e pressão da sociedade. Até o fim de agosto, a campanha do Idec já havia coletado mais de 94 mil assinaturas!

Para o Idec, a proposta é um grave retrocesso e um desrespeito ao Código de Defesa do Consumidor, que garante o direito à informação e à escolha. Além disso, a retirada da letra “T” das embalagens pode colocar em risco a população e o meio ambiente.

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Assine e divulgue a campanha: bit.ly/transgenicos-nao

ALIMENTAÇÃO

Mapa de feiras orgânicas é atualizado e tem novidades

O Mapa das Feiras Orgânicas está de cara nova! A ferramenta, criada pelo Idec em 2012, foi reformulada e conta com novas funcionalidades. O lançamento oficial da nova versão ocorreu no Congresso Brasileiro de Agroecologia, realizado em Brasília (DF), em 12 de setembro.
 
Acessível por computador e aplicativo para tablets e smartphones, o Mapa informa a localização de feiras orgânicas nas cinco regiões do Brasil. E os internautas têm papel fundamental em sua atualização, pois podem adicionar novas feiras.
 
Além de estar mais funcional – graças à modernização do sistema de buscas –, o site conta com duas novas ferramentas: uma página com várias receitas que podem ser preparadas com produtos orgânicos e uma biblioteca com mais de 70 textos sobre agroecologia, produção orgânica e alimentação saudável. A biblioteca foi organizada em parceria com o portal Consumo Responsável.
 
TELEFONIA MÓVEL

Campanha alerta sobre cobranças de serviços adicionados

Um dos mais recentes problemas detectados no serviço de telefonia móvel é a cobrança indevida de Serviços de Valor Adicionado (SVAs) – jogos, notícias etc. –, que ocorre tanto em planos pré-pagos quanto pós-pagos. Para pressionar a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a criar regras para os SVAs, o Idec lançou, em 17 de agosto, a campanha Cadê meu crédito?. 
 
A campanha orienta os consumidores a identificar a cobrança desse serviço e a cancelá-lo.  Os internautas poderão participar de duas formas: preenchendo um formulário elaborado em parceria com o Departamento Jurídico XI de Agosto da Universidade de São Paulo (USP) e disponível no site www.cademeucredito.info ou enviando sua denúncia pelo e-mail cademeucredito@gmail.com ou pelo WhatsApp (11) 93925-7452.
 
O Idec acredita que o protesto dos consumidores pode levar a Anatel a tomar providências para regular esse serviço, por meio de mudanças na Lei Geral de Telecomunicações. 
 
PLANOS DE SAÚDE

Após pedido, votação de nova lei para o setor é adiada

Em 17 de agosto, o Idec e outras quatro organizações enviaram uma carta aos membros de uma comissão especial da Câmara dos Deputados pedindo o adiamento da votação da proposta de reforma da Lei de Planos de Saúde (Lei no 9.656/1998), que seria realizada no dia 22 em caráter de urgência. A sessão não aconteceu. 
 
As autoras da carta também pediram para ter acesso prévio ao conteúdo do relatório e demonstraram o seu descontentamento com a proposta que, se aprovada, pode causar sérios prejuízos aos consumidores. Uma das graves mudanças sugeridas é que o Código de Defesa do Consumidor (CDC) não seja mais aplicado aos contratos de planos de saúde. 
 
As instituições também se mostraram preocupadas com a possibilidade de o relatório anular ou “engavetar” mais de 140 projetos de lei em tramitação na Câmara dos Deputados, a maioria dedicada a ampliar as coberturas dos planos.

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