O que foi assunto na defesa do consumidor pelo mundo em julho e agosto de 2016
EUA
MULTA POR ENGANAR CONSUMIDOR
INTERNET
EUROPA VAI REGULAR WHATSAPP
MOBILIDADE
CIDADES CAMINHÁVEIS
Quais são as cidades do mundo em que as pessoas mais caminham? O relatório Cities alive: towards a walking world ( Cidades vivas: rumo a um mundo que anda a pé, em tradução livre), lançado pela consultoria internacional Arup, busca responder a essa questão. A pesquisa avaliou 34 grandes cidades e revelou que Istambul, na Turquia, é a que tem maior porcentagem de viagens feitas a pé (48%). Na pior posição está Los Angeles, nos Estados Unidos, que tem apenas 4% de jornadas a pé. Rio de Janeiro e São Paulo aparecem, respectivamente, em 8o e 12o lugar. A pesquisa avaliou também a incidência de morte de pedestres, e a pior colocada nesse quesito é a norte-americana Miami. Segundo o relatório, uma cidade caminhável deve ter um design urbano amigável e rotas seguras para andar a pé, com calçadas, bancos e bebedouros, por exemplo. Leia o relatório completo em http://www.arup.com/walking (em inglês).CRIANÇAS
PUBLICIDADE E OBESIDADE
A Federação Interamericana do Coração da Argentina lançou uma campanha para alertar os consumidores do aumento da obesidade infantil e do impacto da publicidade de alimentos não saudáveis sobre as crianças. A iniciativa foi divulgada próximo à data em que se celebra o Dia das Crianças no país, 18 de agosto. Na Argentina, meninos e meninas são expostos a mais de 60 publicidades de junk food por semana na televisão, e a taxa de sobrepeso de adolescentes de 13 a 15 anos é de 28,6%, segundo a Pesquisa Global de SaúdeEscolar, realizada em 2012. Saiba mais sobre a campanha em http:// bit.ly/2bfLFxN (em espanhol).
Utilizados na agricultura e silvicultura, agrotóxicos à base de glifosato são os mais utilizados em todo o mundo. O composto já foi detectado no ar, na água, em alimentos e até na urina humana, o que mostra que os consumidores estão bastante expostos à substância.
Em 2015, a Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (Iarc) declarou que o glifosato é provavelmente carcinogênico para humanos. A conclusão contrasta significativamente com as avaliações feitas pela própria indústria, que basearam a homologação da substância.
Enquanto a Iarc fez sua análise com base em estudos que incluem todos os compostos do agrotóxico, publicados na literatura científica disponível, a Autoridade Europeia para a Segurança de Alimentos (EFSA) considerou relatórios da indústria e concluiu que é improvável que o glifosato seja cancerígeno, desconsiderando outros compostos associados. Essas conclusões científicas contraditórias mostram que é importante rever a forma de aprovação de pesticidas.
Os consumidores europeus pedem aos seus governos para observar o princípio da precaução, e assim, que os herbicidas à base de glifosato sejam retirados do mercado, salvo se a sua segurança for comprovada por pesquisas independentes.
Este ano, a Comissão Europeia manteve a aprovação do glifosato, apesar da oposição de alguns países. Mas a Comissão recomendou a proibição de um coformulante, minimizando o uso desse agrotóxico. Para acelerar o seu banimento, as associações de consumidores suíças precisam convencer as principais redes varejistas a parar de vender o herbicida para uso doméstico. Muitas comunidades já se comprometeram a não usá-lo em parques e jardins públicos.
Os consumidores não querem comer resíduos de veneno em sua comida. É tempo de chegar a uma agricultura mais sustentável, com culturas adaptadas às condições locais e usando menos pesticidas.