Por Armando Pinto
Conheci o Idec no início de sua história, em 1987. Recordo-me das enormes filas em frente à sua antiga sede, em São Paulo, formada por poupadores, assim como eu, interessados em fazer parte das ações judiciais sobre as perdas dos planos econômicos. Às vezes me questiono: quantos somos agora? Será que lotaríamos uma Kombi?
Decidi me associar — ou, como costumo dizer, ancorar o meu barco junto ao Idec —, no início dos anos 90. Sempre fui interessado em cuidar dos direitos do consumidor, principalmente na questão das poupanças, forma de investimento mais comum entre os brasileiros para guardar as economias de uma vida inteira de trabalho. Outro tema que me interessa são os planos de saúde. Com a ajuda do Idec, já movi algumas ações para combater abusos das operadoras.
Desses anos acompanhando a trajetória da ONG, faço questão de guardar algumas lembranças, como as carteirinhas de associação antigas, informes sobre processos, campanhas movidas pelo Instituto, além das primeiras edições da revista, quando ainda se chamava Consumidor S.A. Entendo que uma entidade sem fins lucrativos necessita muito de ajuda financeira, mas também de pessoas que apoiem a causa.
Não sei dizer qual é a minha seção favorita da Revista do Idec. Acho que são todas. A publicação informa sobre as vitórias que nós, consumidores, tivemos nessas últimas décadas, como a árdua batalha contra os transgênicos. Sem ela, estaríamos amputados de pernas e braços frente às grandes empresas.