Sem linha
A associada Teresa Milhomens mudou de endereço e ficou quase um mês sem telefone fixo. Depois de pedir orientação ao Idec e de recorrer a muitos canais, ela finalmente conseguiu que a linha fosse transferida
Em fevereiro deste ano, às vésperas de mudar de endereço, a associada do Idec e dona de casa Teresa Milhomens, de São Paulo (SP), pediu à Vivo a transferência de sua linha telefônica fixa para a sua nova residência. Teresa encerrou o contato pensando que estava tudo resolvido. Contudo, a sua saga mal havia começado.
Quando fez a solicitação, o atendente informou que o procedimento seria realizado em até cinco dias. Passaram-se 20 dias e nada. Impaciente, Teresa ligou novamente para a Vivo e, para a sua surpresa, disseram que o pedido de transferência não havia sido registrado. O "curioso" é que o seu endereço fora atualizado para a emissão da conta, esta sim, enviada com eficiência.
A consumidora ligou outras vezes, chegou a ir a um posto de atendimento da Vivo e nada de a linha voltar a funcionar. Inconformada, entrou em contato com o Idec. O Instituto sugeriu que a associada contestasse a má prestação do serviço, por meio de uma carta formal à Vivo. Ela seguiu a orientação, mas a empresa a ignorou novamente. Assim, partiu para o segundo passo e registrou uma queixa no Procon. Dessa vez, a operadora se manifestou e disse que solucionaria o problema, mas não cumpriu.
Cansada de recorrer às vias "burocráticas" e nada ser resolvido, certo dia, quando já estava há quase um mês sem telefone, Teresa avistou um funcionário identificado da Vivo próximo à sua casa e pediu auxílio. Ele se prontificou a ajudá-la e, enfim, ativou a linha em seu novo endereço.
Depois de dar fim à questão por "conta própria", a associada reivindicou à operadora a reparação dos transtornos sofridos. Para compensar a sequência de falhas, a Vivo não cobrou a fatura daquele mês, nem a taxa de instalação no novo endereço, no valor de R$ 95. "Temos de lutar pelos nossos direitos", sentencia a associada.
Para compensar a demora na transferência da linha, a Vivo não cobrou a taxa de instalação, de R$ 95, e a fatura do mês
A má prestação de serviço pode ser questionada com base no artigo 20 do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Para formalizar a reclamação, o modelo de carta está disponível no link: http://goo.gl/7a5Cl (digite o nome do usuário e senha e clique em "o que fazer"; o documento está localizado ao fim da página). Caso o retorno seja insatisfatório ou negativo, o Procon ou o Juizado Especial Cível (JEC) podem ser acionados.