Por Breno Tirado, médico e advogado de Belo Horizonte (MG)
Conheci o Idec há dois anos. Na época, havia sido nomeado perito na Justiça do Trabalho em Belo Horizonte (MG) e me especializei em perícias médicas. Depois, cursei direito e, em meio a essa segunda graduação, me interessei pelas relações consumeristas, principalmente entre médico e paciente. Foi quando tomei ciência do trabalho realizado pelo Idec.
Em 2012, decidi me associar. Quis sentir que estava fazendo a diferença, participando de uma instituição voltada à defesa do consumidor, ou seja, a nós mesmos. No Brasil, há um longo histórico de desrespeito aos direitos, desde o período de colonização. Somos uma nação repleta de leis, mas não somos educados para entender que "o nosso direito termina onde começa o do outro" e, então, cada um acha que pode tirar do outro mais do que deve em benefício próprio.
Como médico, meu interesse atual é a defesa do doente. Acredito que eles sejam as principais vítimas dos planos de saúde que, para manter o seu lucro, encarecem os serviços e pioram a prestação de atendimento.
O Idec exerce um papel importante de defender o consumidor, parte mais vulnerável e hipossuficiente da relação de consumo, já que os órgãos e instituições responsáveis por essa função, como as agências reguladoras, o Judiciário e, principalmente, o Legislativo, muitas vezes são omissos.
A Revista do Idec auxilia na orientação do brasileiro que, em minha opinião, é vítima da falta de informação. Além de informativa e de fácil leitura, a publicação aborda assuntos variados e esclarece dúvidas sobre os problemas consumeristas que nos afetam no dia a dia, e que sequer atentamos a eles.