Por Paulo de Carvalho
Conheci o Idec nos anos 90, e no ano 2000 passei a assinar a Revista Consumidor S/A. Gostei tanto que me associei ao Instituto em 2002.
Atualmente, quatro assuntos relacionados à defesa do consumidor me interessam: banda larga, pois sou cliente da Oi e da Vivo, e nenhum dos serviços de que disponho alcança a velocidade ofertada; planos de saúde, porque já tive problemas com exames, medicamentos etc.; bancos e cartões de créditos, devido às longas filas nas agências, às altas taxas cobradas e à demora na entrega das faturas; e seguros, pois a Superintendência de Seguros Privados (Susep) não consegue prestar a devida assistência ao segurado quando este enfrenta alguma dificuldade.
Da época em que me associei até hoje, houve mudanças visíveis no comportamento do consumidor, que está mais consciente de seus direitos. Porém, por parte das empresas, os abusos e desrespeitos aumentaram, principalmente em relação à prestação de serviços e aos SACs. Além disso, as agências reguladoras parecem estar mais preocupadas com as empresas do que com o consumidor. E o Poder Judiciário nem sempre ajuda, pois atrasa o andamento dos processos, aplica condenações irrisórias às empresas, e quando há danos morais, o valor pago à vítima é muito baixo. Diante deste quadro, o Idec ainda terá muito trabalho pela frente. Cada vez mais, organizações sérias, honestas e incorruptíveis serão de grande importância para a sociedade.
Gostaria que o Idec tivesse uma sede no Rio de Janeiro, para que eu pudesse assistir às palestras e aos cursos. Quanto à revista, ela está cada vez melhor. Gosto das seções Caso Real, Fazendo Justiça e Dúvida Legal.
PAULO DE CARVALHO
É aposentado e voluntário do Grupo Otimismo de Apoio ao Portador de Hepatite, no Rio de Janeiro