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Desconstruindo o discurso dos bancos

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Atualizado: 

12/02/2014
 
O levantamento do Idec rebate os argumentos dos bancos para não devolver o que é direito de milhares de poupadores, que aguardam há 24 anos a decisão da Justiça. O Instituto contesta o valor alardeado pelos bancos, que tentam plantar caos e interferir no julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal), afastando, de forma definitiva, o risco sistêmico. O estudo demonstra que o valor a ser pago aos poupadores seria de no máximo R$ 8,4 bilhões.
 
O valor divulgado pelo Banco Central é uma cifra imaginária que não leva em consideração o andamento processual de todas as ações que correram na justiça nos últimos vinte anos, além 
de equivocar-se ao defender que tal montante seria pago de uma única vez pelo sistema financeiro.
 
"É como se os todos os bancos fossem devolver, de forma espontânea, todas as perdas aos poupadores, referente a todos os planos ou, alternativamente, que todos os poupadores buscassem a Justiça e ganhassem todas as ações judiciais por eles propostas de uma única vez" avalia a presidente do Conselho Diretor do Idec, Marilena Lazzarini.
 
Hoje, em matéria do Valor Econômico, cálculos feitos pela equipe do Credit Suisse, liderada pelo analista Marcelo Telles, toma como base um levantamento do escritório de advocacia MHM (Madrona Hong Mazzuco), que corrobora com o estudo do Idec: “ Pelas contas do banco, o efeito seria entre R$ 8 bilhões e R$ 26,5 bilhões. Na realidade, [há] mais fumaça do que fogo". Confira matéria completa.
 
Ainda nessa reportagem, o Banco Central, questionado pelo Valor, respondeu que “não cabe à autarquia avaliar fora dos autos dos processos quaisquer estimativas de terceiro". 
 
“A quem caberia, então? O Banco Central é o orgão regulador do sistema  financeiro e tem alardeado essa cifra irreal. Agora, aguardamos que venha a público esclarecer essa questão", questiona Lazzarini.