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Entidades civis ao redor do mundo se unem na Semana de Consciência sobre o Sal

Idec participa da campanha para orientar os consumidores a diminuírem o sal na alimentação

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Atualizado: 

10/03/2014
A Wash (Ação Global sobre Sal e Saúde, em português) é uma campanha para redução do consumo de sal para toda população que valoriza a importância de as pessoas saberem o que estão comendo e colocarem sua saúde em primeiro lugar. Neste ano de 2014, a campanha está focada em melhorar a rotulagem nutricional, investigar a atual tendência global sobre a rotulagem nutricional, avaliar os países que já implementaram a rotulagem clara e consistente e orientar os países que ainda precisam fazê-lo. 
 
A Semana da Consciência sobre o Sal, que acontece de 10 a 15/3, faz parte da campanha do grupo Wash e recebe apoio de diversas organizações ao redor do mundo, incluindo o Idec. A campanha tem também o objetivo de instruir os consumidores a optarem por alimentos com menos sal, utilizando-se mais das informações das embalagens dos alimentos industrializados.
 
“O Idec apoia essa iniciativa mundial porque é necessário combater o avanço das doenças crônicas em todas as frentes possíveis. O consumo excessivo de sal é um dos fatores de risco possíveis de ser modificado com mudança de hábitos alimentares da população e com a diminuição efetiva do teor de sódio dos produtos alimentícios. Saber mais sobre os alimentos que comemos e exigir produtos mais saudáveis são passos importantes para que essa mudança aconteça”, afirma a pesquisadora e nutricionista do Idec, Ana Paula Bortoletto.
 
Em suas mídias sociais o Idec irá divulgar informações sobre a campanha e dicas de consumo. Acompanhem no Twitter e Facebook usando a hashag #menossal. 
 
Consumo de sódio no Brasil
A maior parte do sódio consumido no Brasil hoje vem do sal de cozinha, pois o padrão alimentar do brasileiro, felizmente, ainda é baseado em alimentos frescos e refeições preparadas a partir da combinação de alimentos e ingredientes culinários. Apesar disso, pesquisas de orçamentos familiares indicam o aumento do consumo de sódio contido em alimentos prontos para o consumo com adição de sal (de 16% para 19%). Esse aumento fica ainda mais intenso com o aumento da renda (de 12% entre os mais pobres para 27% entre os mais ricos). 
 
O consumo excessivo de sódio pode provocar aumento da pressão sanguínea e hipertensão, uma doença crônica que atinge cerca de um quarto da população adulta que vive nas capitais do País. O brasileiro consome cerca de 5 g de sódio por dia, valor que excede em mais de duas vezes o limite recomendado de ingestão da Organização Mundial da Saúde (2 g/dia). 
 
Como identificar se um alimento é rico em sódio?
No Brasil, é obrigatória a declaração do teor de sódio em  todos os alimentos embalados. Essa informação aparece na tabela nutricional, em miligramas por porção de alimento e com a porcentagem que o consumo dessa porção de produto equivale ao valor diário recomendado. Segundo o Ministério da Saúde, se a quantidade de sódio for superior a 400 mg, em 100 g do alimento, este é considerado um alimento rico em sódio, sendo prejudicial à saúde e, portanto, devendo ser evitado. 
 
Outra maneira de identificar se o alimento possui muito sódio, é olhando a lista de ingredientes, que indica qual a composição do produto alimentício. Eles são listados na ordem decrescente de concentração, ou seja, se um ingrediente aparece como primeiro da lista, significa que maior parte do produto é composta por ele.
 
Confira na imagem abaixo como ler a tabela nutricional dos alimentos:
 
 
Diferença entre Sal e Sódio
O sal que compramos no mercado para cozinhar chama-se cloreto de sódio, ou seja, é a combinação de dois elementos químicos. O Sal é importante para a conservação dos alimentos. Sua composição é de quase 40% de sódio para 60%, aproximadamente de cloro. 
 
O sódio, objeto dessa campanha, é diferente do sal de cozinha (Cloreto de Sódio). É um mineral puro utilizado na indústria alimentícia (em excesso!) para dar sabor e também conservar os alimentos industrializados. 
 
Ou seja, para controlar o sódio na alimentação não basta reduzir o consumo de sal de cozinha, mas também observar nos rótulos o quanto de sódio aquele alimento possui. Devido ao consumo excessivo de sódio na população brasileira, o Ministério da Saúde assinou acordos voluntários com a indústria para redução desse nutriente nos alimentos industrializados. O Idec acompanha e avalia esse processo. Leia mais sobre esse assunto aqui. Em 2013, a Anvisa fez uma pesquisa sobre o teor de sódio nos alimentos processados, confira o resultado aqui
 
Dicas para reduzir o consumo de sódio
 
- Saiba quais alimentos são ricos em sódio e tente trocar estes por alternativas mais saudáveis. Alimentos ricos em sódio incluem: 
 
a) carnes e peixes processados como presunto, bacon, salame, linguiça, patê, peixe defumado;
b) refeições prontas ou “snacks” como pizza, pastéis, hamburguers e outros lanches prontos, sopas em lata ou pacote;
c) salgadinhos como batatas fritas, pipoca salgada;
d)  temperos e molhos prontos;
 
- Procure por versões dos alimentos com menos sal e "sem adição de sal", quando for comprar, por exemplo, vegetais enlatados e conservas;
 
- Compare a quantidade de sódio nos alimentos, observando as informações nutricionais no verso das embalagens. Opte sempre por escolher aquele que possui menos sódio;
 
- Evite usar temperos prontos e caldos concentrados, eles são ricos em sódio, glutamato monossódico entre outros;
 
-Utilize ervas desidratadas, temperos naturais, pimenta e sucos de frutas para temperar os alimentos;
 
- Evite também o uso de gordura animal como o bacon, toucinho, entre outros;
 
- Não utilize saleiro à mesa;
 
- Não acrescente sal no alimento depois de pronto.
 
Saiba mais: