A favela como modelo sustentável
Título: Favela como modelo sustentável
Realização: Comunidades Catalisadoras (ComCat)
Duração: 24 minutos
Gênero: curta-metragem
País/ano: Brasil/2012
Onde encontrar: http://goo.gl/eXjjC
por NELSON SAULE JÚNIOR*
A organização não governamental Comunidades Catalisadoras (ComCat), que tem como missão desestigmatizar as favelas do Rio de Janeiro, integrando- as à sociedade, produziu o curta-metragem Favela como modelo sustentável e o apresentou na mostra de vídeos da Cúpula dos Povos e também na Rio+20, eventos realizados em junho.
O objetivo era contribuir para um crescente diálogo global em torno das qualidades inerentes a assentamentos informais, retratando a realidade de quem vive nesses locais e divulgando projetos sustentáveis realizados nas favelas da cidade maravilhosa, que abrangem 22% da população da cidade, o que corresponde a 1,4 milhão de pessoas. Dentre esses projetos estão o da Cooperativa do Vale Encantado, no Alto da Boa Vista, do Centro de Educação Ambiental Verdejar, na serra da Misericórdia, e o da Favela Orgânica, no Chapéu da Mangueira. Eles demonstram que é possível transformar as favelas em um local digno para se viver e podem contribuir para modificar a situação de seus moradores.
O vídeo mostra as reais condições de vida no Complexo do Alemão, na Rocinha, na Muzemba, na Santa Margarida, no Pica-Pau e no Chapéu da Mangueira, por meio de depoimentos de seus habitantes. Os problemas relatados precisam ser enfrentados mediante o desenvolvimento de políticas públicas pelo Poder Público, com a participação da comunidade. Só assim será possível acabar com as áreas de risco, promover atividades para os jovens e idosos, realizar educação ambiental e alimentar, e fazer com que o saneamento básico, a coleta e o tratamento dos resíduos sólidos, e a habitação adequada façam parte da vida dessas pessoas.
Esse curta-metragem é uma bela forma de se incentivar o Poder Público e os diversos segmentos da sociedade a realizarem ações a fim de se construir cidades mais justas, democráticas e sustentáveis.
*Coordenador do Instituto Pólis, presidente do Instituto Brasileiro de Direito Urbanístico (IBDU) e professor de Direito da PUC-SP