A concentração do mercado de planos de saúde: o problema vira solução?
Por Carlos Octávio Ocké-Reis, economista do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e doutor em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IMS/UERJ)
Em 2005, 2% das operadoras de planos de saúde detinham 40% dos usuários. Essa concentração desafia, assim, a capacidade de atuação da ANS (Agência Nacional de Saúde Complementar) e das instituições antitruste. Por esses motivos, as chances de um consumidor mudar de plano sem prejuízo - na tentativa de fugir dos altos preços, da cobertura precária e das carências - são remotas.