Notícias curtas de interesse do consumidor
Medicamentos – Doses inseguras
O consumidor que tomava o antiinflamatório Prexige deve ficar atento: procure seu médico para avaliar o uso de outra droga e peça o reembolso do produto nas farmácias, caso ainda não tenha terminado a cartela do fármaco. Se houver suspeita de evento adverso associado ao remédio, é preciso comunicar ao Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo (CVS-SP) ou à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Segurança no consumo – Mamadeira tóxica
Um teste da Odecu (Organização de Consumidores e Usuários do Chile) põe em alerta a alimentação dos bebês. Todas as cinco marcas de mamadeiras de policarbonato (um tipo de plástico) enviadas para análise em laboratório continham uma substância tóxica, o Bisfenol A (BPA). O policarbonato pode liberar o BPA em situações corriqueiras, como ao esquentar o utensílio no forno de micro-ondas.
Direitos do consumidor – Não ligue pra mim!
A partir de 13 de agosto os consumidores do Distrito Federal poderão ficar livres das ligações indesejadas de telemarketing. Isso graças a uma lei estadual que institui um cadastro para o bloqueio de ligações de call centers, denominado "Não importune". Os usuários podem ir aos Procons do estado e registrar até três linhas telefônicas, fixas ou móveis, para não receber tais chamadas.
Pneus – Estorvo socioambiental
As dificuldades para a destinação final de pneus usados os tornam um sério problema ambiental e de saúde pública. Sem lugar apropriado, eles se transformam em criadouros para o mosquito da dengue e outros. A "alternativa" da incineração também provoca sérios impactos. Para evitar em certa medida esses problemas, em 1991, o Governo Federal estabeleceu normas para proibir a importação de pneus usados, com exceção dos vindos do Mercosul.
Consumo sustentável – Mais critério
Para estimular novos modos de produção que sejam menos agressivos ao meio ambiente, nada mais certo do que comprar produtos feitos assim. Agora o Governo Federal está adotando medidas nesse sentido. O primeiro passo é a regulamentação das compras públicas com base em critérios de menor impacto ambiental e geração de resíduos. As mudanças previstas vão desde o uso de equipamentos com maior eficiência energética ou de papel reciclado, até a compra de madeira certificada.
RSE – Fachada limpa
Como o Idec vem apontando, quando se trata de RSE (Responsabilidade Social Empresarial), as empresas brasileiras têm um discurso bastante afinado. Mas, na hora da prática, o retrato perde a cor. Em casos mais graves, as empresas fazem justamente o contrário do que declaram. É o caso de cinco empresas do Grupo José Pessoa que eram signatárias do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo e foram excluídas da lista pela recorrência de situações análogas à escravidão em usinas de açúcar e álcool do grupo.
Alimentos – Agrotóxicos à solta
Em fevereiro, a partir de novos estudos e relatos de intoxicação, a Anvisa decidiu reavaliar 9 componentes presentes em 99 agrotóxicos registrados no País. No entanto, uma liminar barrou o trabalho da agência, atendendo ao pedido do Sindag (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola).
Air Bag – Segurança no carro
Felizmente, em breve, o air bag poderá ser obrigatório em todos os carros fabricados no País, pois está em votação na Câmara dos Deputados o PL do Senado que obriga a sua instalação nos dois bancos dianteiros. O projeto altera o Código de Trânsito Brasileiro a fim de incluir a nova exigência e complementa a proteção dos passageiros. De acordo com a proposta, os dispositivos devem ser incorporados progressivamente aos novos modelos de automóveis.
Trabalho infantil – Pequenos explorados
Mais de 5 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos trabalham no Brasil, conforme estimativa do IBGE deste ano. O Nordeste é a região que apresenta maior incidência de trabalho infantil. Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), a Bahia tem o quadro mais preocupante, concentrando 10% do total de crianças trabalhadoras do Brasil.