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Saiba quais são os perigos da automedicação

Uso irracional de medicamentos pode agravar doenças, comprometer eficácia dos tratamentos, além de gerar risco de reações alérgicas, dependência e até mesmo morte

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Atualizado: 

30/07/2021
Foto: iStock
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Os medicamentos estão entre as principais causas de intoxicação no Brasil, segundo dados do Sinitox (Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas), da Fundação Oswaldo Cruz, ficando à frente de produtos de limpeza, agrotóxicos e alimentos estragados.

Boa parte desses acidentes ocorre devido à automedicação, que é a utilização de medicamentos por conta própria ou por indicação de pessoas não habilitadas, para tratamento de doenças cujos sintomas são “percebidos” pelo  usuário, sem  a avaliação  prévia  de  um  médico.

É por isso que, ainda de acordo com a Anvisa, os analgésicos, os antitérmicos e os antiinflamatórios estão entre as classes de medicamentos que mais intoxicam.

O uso de remédios de forma incorreta pode agravar a doença ao esconder determinados sintomas. Se o remédio for antibiótico, o uso abusivo pode gerar o aumento da resistência de microorganismos, o que compromete a eficácia dos tratamentos a nível individual e coletivo.

Outra preocupação em relação ao uso do remédio se refere à combinação inadequada - o uso de um medicamento pode anular ou potencializar o efeito do outro. O uso de remédios de maneira incorreta ou irracional pode causar, ainda, reações alérgicas, dependência e até a morte.

A orientação do Ministério da Saúde é que sempre se procure um médico ao desconfiar sobre qualquer problema de saúde. Evite recomendações de vizinhos, amigos, parentes ou mesmo de balconistas de farmácias ou drogarias.

Na consulta, informe ao médico se você já utiliza algum medicamento e se faz uso freqüente de bebidas alcoólicas.

Já na hora de adquirir medicamentos de venda livre - considerados de baixo risco para tratar males menores e recorrentes, como dor de cabeça - procure orientações do farmacêutico. As farmácias são obrigadas por lei a contratar um profissional da área para orientar o consumidor. 

Saiba também diferenciar medicamentos de suplementos alimentares. Suplementos não tem eficácia comprovada para tratamento de doenças e também devem ser utilizados apenas sob prescrição de médico ou nutricionista, pois o uso excessivo de certas substâncias pode gerar intoxicação, sobrecarregando, por exemplo, o fígado. 

O cuidado deve ser redobrado com propagandas e orientações recebidas por redes sociais, que muitas vezes apresentam sugestões de medicação sem eficácia. 

Evitando intoxicações

As intoxicações por medicamento ocorrem principalmente pelo uso acidental e são mais frequentes em crianças. Por isso, os pais ou responsáveis devem ter muito cuidado no armazenamento do medicamento.

Ele deve ser guardado em local seguro, longe do alcance das crianças. Para evitar a ingestão acidental de medicamentos, não os deixe soltos em gavetas, dentro de vasos, potes, objetos de decoração ou de qualquer outra forma que permita o acesso de animais domésticos, crianças ou idosos.

Caso o consumidor tenha algum problema com o uso de algum medicamento poderá entrar em contato com o Disque Intoxicação da Anvisa (telefone 0800 722 6001) e buscar ajuda médica o mais rápido possível. Para isso, é importante levar o medicamento tomado e a sua bula, se possível. É possível ainda notificar o problema para a Anvisa por meio de formulário, conforme estas instruções.

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