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Planos de Saúde representam um terço das demandas de atendimento do Idec

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Atualizado: 

09/03/2016
 
Balanço realizado mostra que violação dos direitos dos consumidores na assistência à saúde, serviços financeiros e telecomunicações figuram novamente no topo das principais demandas recebidas pelo Instituto
 
Nesta segunda-feira (7), o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) divulga o seu ranking anual de atendimentos ao associado. No total, foram registradas 8.163 demandas em 2015, das quais 2.773 referem-se a dúvidas sobre processos judiciais (sobretudo planos econômicos). No topo do levantamento e pelo quarto ano consecutivo estão os planos de saúde com 32,68% dos registros; seguido pelo setor de serviços financeiros (13,67%) e telecomunicações (13,55%). 
 
 
Variação da quantidade de demandas registradas no Idec entre 2015 e 2013, por setor
 
 
 
Em comparação ao ano anterior, o ranking revela um aumento percentual de 64,8% nas queixas sobre planos de saúde. O segmento representa praticamente um terço de todas as demandas recebidas pelo Idec. Reajustes abusivos das mensalidades e a quebra da Unimed Paulistana estão entre os temas que mais elevaram o número de atendimentos.  
 
Já os assuntos financeiros, responsáveis por 13,67% dos registros, permaneceram como o segundo assunto mais demandado, assim como nos últimos dois anos (2014 e 2013). Entre as questões levantadas ao Idec estão: serviços bancários, seguros e dúvidas sobre crédito e financiamento. 
 
Em 2015, as dúvidas e queixas sobre telefonia móvel e fixa, TV por assinatura e internet assumiram a terceira posição, com 13,55%. Em quarto lugar está o tema produtos, com 13,52% das demandas. Nessa categoria, as principais reclamações são: descumprimento de oferta, demora no concerto, problemas com assistência técnica, entre outros.
 
O Idec destaca que os três setores que lideram o ranking são regulados por órgãos federais: a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o Banco Central e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), respectivamente. “A repetição demonstra, mais uma vez, que a as agências reguladoras e órgãos fiscalizadores têm trabalhado muito mais para defender os interesses dos fornecedores desses serviços do que na proteção dos direitos dos consumidores", afirma Alexandre Frigério, gestor de relacionamento do Idec.
 
Além dos segmentos citados acima, o Idec também categorizou outras reclamações, que incluem serviços em geral, ensino, questões relativas a imóveis, etc, com o total de 26,59%.